Há meses venho acompanhando a luta ferrenha de uma família que impôs, quase que como objetivo único de suas vidas, a recuperação da filha e neta, vítima de um acidente doméstico, com graves consequeências em sua motricidade. Falo da menina Olívia, hoje com três anos de idade e, que em janeiro desse ano, numa dessas fatalidades da vida, caiu em uma piscina sem que alguém pudesse perceber. Soube agora que em sua luta pela recuperação da menor, a família encontrou problema semelhante, também aqui em Novo Hamburgo e em outra criança, a Fernandinha, sete anos.
Juntas, essas famílias identificaram que na China se obtém o tratamento mais avançado do mundo às necessidades das meninas e, entregaram-se de corpo e alma na busca de recursos que lhes possibilitem levá-las até lá. Mesmo com os valores estimados na ordem de R$ 160 mil, inatingíveis para trabalhadores normais, as famílias buscam através de rifas, chás, vendas de camisetas, eventos culturais e toda e qualquer forma possível de ajuda, alcançar tal valor para pagar passagens, estadias, tratamento, etc...
Não bastasse os episódios em si, e todo o trauma daí decorrente para todos os familiares, fiquei imaginando a quase utópica missão de assalariados: levantar R$ 160 mil para fazer frente a um tratamento médico. As pessoas, quando sós, estão praticamente condenadas a conviver com os problemas médicos que as afligem, sem nenhum tipo de esperança, principalmente se levarmos em conta a caótica situação da saúde pública do País.
Então ocorreu-me a idéia de que juntos podemos realizar façanhas, à primeira vista impossíveis de serem alcançadas individualmente. Quero reforçar uma frase que não é minha, mas que cabe neste caso: “não espero pelo que o Estado possa fazer por você, e veja o que você pode fazer pelo Estado”. Assim, convido todos a pensar o seguinte: se cada um dos leitores do NH de hoje, apenas hoje, contribuíssem com 1 real cada um, já poderíamos mandar a Olivinha e Fernandinha em busca de suas curas. Seria rápido, fácil e sem sacrifício para ninguém.
Indo um pouco mais além - e preocupado também com outros casos que existem -, se cada um desses mesmos leitores contribuíssem com 1 real semanal ( 4 reais mensais), o equivalente a dois refrigerantes, Novo Hamburgo poderia, mais uma vez, demonstrar sua capacidade ímpar de se juntar a causas nobres e formar um fundo destinado a casos médicos ainda insolúveis e cujo tratamento só se consegue no exterior. Seja para Olivinha e Fernandinha, ou para um fundo mais amplo, é uma idéia e uma sugestão que deixo para todos!
Oscar Foernges – Advogado
Oscar foernges@terra.com.br
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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